quarta-feira, 21 de março de 2012

Como vender a sua casa em tempos de crise



Com cada vez mais casas à venda e, ao mesmo tempo, menor procura, há alguns aspectos que podem ajudar a acelerar a venda.


Os momentos são difíceis para quem procura comprador para a sua casa. A conjuntura económica é desfavorável para cativar procura mas também a oferta de imóveis é mais elevada face ao que se passava antes da crise. Logo, quem está a pensar vender a sua casa encontra-se numa posição mais vulnerável. Os números atestam isso mesmo. Em meados do ano passado, existiam mais de 350 mil casas disponíveis no mercado imobiliário. E as expectativas não são muito animadoras para o sector. Nada aponta para que a escalada dos ‘spreads' e as restrições à concessão de crédito pelos bancos estanquem, como também a menor disponibilidade financeira das famílias portuguesas está a levá-las a adiar a decisão de comprar um imóvel. Contudo, mesmo em tempos de crise, não é de todo impossível conseguir vender casa, e quem tiver em conta alguns cuidados em todo o processo fica numa posição mais vantajosa. O Diário Económico foi falar com vários especialistas do ramo das imobiliárias para perceber que aspectos podem ajudar a encontrar mais facilmente um novo dono para a sua casa.


Miguel Poisson, director-geral da ERA Portugal, atesta a maior dificuldade que as famílias portuguesas enfrentam na altura de venderem as suas casas. "Apesar de não ser possível indicar quanto tempo a mais demora, de facto as casas levam mais tempo a serem vendidas relativamente ao que se passava há dois anos". E explica: "Como existe uma maior oferta do que a procura e limitações à concessão de crédito, os compradores levam mais tempo a comprar". A opinião de Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), vai no mesmo sentido. Contudo, este especialista acrescenta um elemento adicional relacionado com a estrutura do mercado. "Não há dúvida que demora mais tempo, mas também isto depende da zona do mercado de que estamos a falar. Se for o mercado médio/alto não acontece tanto, mas se for o mercado baixo quase que nem há mercado: aí o tempo de espera é muito mais longo", esclarece.


Num contexto de mercado tão conturbado, quem quer vender uma casa acaba por estar sempre em desvantagem. Mas, se para além disso forem cometidos alguns erros, a probabilidade de conseguir concluir um bom negócio é ainda menor. Como explica Miguel Poisson, o principal erro que as pessoas cometem é tentar vender o imóvel sem recorrer à ajuda de profissionais para evitar o pagamento de comissões: "Muitas vezes o barato acaba por sair caro". Como esclarece Beatriz Rubio, CEO da RE/MAX Portugal, "se o proprietário decidir vender sozinho, poderá ter mais trabalho, gastar mais tempo pessoal e demorar mais tempo a vender o imóvel".


Mas este não é o único erro que as pessoas tendem a cometer. Como revela o presidente da APEMIP, "hoje em dia, um dos conselhos que damos às pessoas é procurarem definir um preço justo de forma a encontrar o cliente certo. Antes, havia muito a tendência para as pessoas colocarem um valor emocional nas suas casas". Mas, tal como refere o director-geral da ERA, a realidade de hoje já é diferente: "As pessoas que efectivamente querem vender já perceberam que têm de baixar os preços". Isto será pertinente sobretudo se estiverem em causa imóveis adquiridos no topo do mercado (entre 2000 e 2008). "As mais-valias que se fizeram nessa altura foram muito fortes. É um erro se as pessoas acreditarem que é possível fazer mais-valias em casas que foram compradas nesse período", alerta o responsável da ERA...


Fonte: Econômico




Para mais informações acesse: WTI Divulgações



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